Durante a reunião de terça-feira da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Transporte, o presidente executivo da Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbanos (NTU), Otávio Vieira da Cunha Filho, destacou que as tarifas do transporte público poderão subir até 50% em 2022.
Os motivos que levariam esse aumento seria a inflação alta, constantes reajustes de insumos, combustíveis e a pressão por melhorias nos salários de motoristas e cobradores. Diante do cenário, o presidente-executivo da NTU defende que prefeituras, governos estaduais e o governo federal atuem de forma conjunta, seja com subsídios ou redução de tributos, para evitar o reajuste das tarifas.
Com base em estudo da própria entidade, que o modelo de financiamento do sistema em que só a tarifa banca os custos do setor não se sustenta mais, como bem mostrou a pandemia.
“Existem vários caminhos para minimizar os desafios de ofertar um serviço como o transporte público. Uma atualização no desenho da rede de transportes e maior flexibilidade tarifária são, certamente, soluções a serem consideradas, especialmente porque a racionalização do sistema e os investimentos em infraestrutura impactam diretamente a fluidez do trânsito, o que é vital para elevação da produtividade do setor. Quanto mais ágeis e eficientes as viagens, menos custos para as empresas e para os usuários”, frisou.
A solução que o presidente executivo da NTU apresentou, foi que a Prefeitura banque o sistema de transporte na capital, reservando 5% de seu orçamento para custear o setor.
“Nós temos estudos que se for reservado 5% do orçamento existe como bancar 50% dos custos. O que não pode continuar é a iniciativa privada seguir fazendo o papel do poder público e bancar sozinha o sistema de transporte, fazendo uma concessionária operar com prejuízo”, declarou.
Com tanto prejuízo que as empresas e a NTU vivem declarando, fica a pergunta: por que essas empresas insistem e não largam o osso? Outras empresas certamente querem entrar no mercado.
Fonte: Blog O Cubo
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